SÍNDROME DE BURNOUT Uma
doença social
O avanço da tecnologia, o aumento
da produtividade, a exigência cada vez maior da lucratividade para levar ao
poder aquisitivo capaz de satisfazer as exigências do mercado que cada vez mais
se impõe à necessidade de facilitação da vida humana, serve antes de tudo, para
desorganizar a sociedade, trazendo conseqüências graves como o aumento da
produção do lixo e a degradação física e psíquica do ser humano, instalando a
insegurança e doenças como a depressão orgânica, a depressão da alma e entre
outras a síndrome de Burnout.
A síndrome de Burnout é
resultante do impacto social da indústria e do comercio à saúde do trabalhador,
assim como uma alimentação cada vez mais agrotóxica e modificada.
Caracteriza-se por astenia muscular, tonturas, inapetência, palpitação e três
expressões do sofrimento psíquico que são o cansaço emocional, a
despersonalização e a baixa realização pessoal. É o estresse
ocupacional que pode fazer com que o organismo desenvolva doenças mais graves como
as do tipo degenerativo. Todo este quadro entretanto, afeta as funções
glandulares como as do cérebro, do fígado, da pituitária, da tiróide e do
pâncreas entre outras.
O grave problema está no fato de
que o paciente vem dos postos de saúde com um receituário farto, divergente e
diverso (um remédio para cada sintoma) que só alivia as disfunções, ativando
outras funções irregulares, onerando o governo e secando ainda mais o bolso já
murcho dos trabalhadores, sem a menor necessidade.
Sabe-se que nos próximos anos o
número crescente de afetados pela síndrome de Burnout, irá crescer tanto que a produção irá despencar devido a disfuncionalidade dos trabalhadores.
Aí, tudo aquilo a que alguns repórteres noticiam politicamente como inflação,
deflação, desabastecimento, queda na produção, desemprego e tudo o mais que
aquece os jornais e arrefecem a cabeça do povo que não tem conhecimento nem
consciência crítica, passa a ser drama político, quando o social é que é dramático.
Mas, se assim é a previsão de um futuro em que
os países do mundo irão passar por crises de paralisação quase que geral, por
que é que hoje a visão política e social dos empresários, dos trabalhadores, do
País e das pessoas físicas é tão
decadente quanto a síndrome e a mentalidade do povo?
Ora, e daí? Alguém ainda hoje sabe
o que é qualidade de vida?
Parece que qualidade de vida para
o cidadão de hoje nada mais é do que ralar e ralar e ralar para obter um BEM qualquer
que possa ilustrar o quanto ele está bem de vida. Ou então, ralar, ralar, ralar
e ralar, se expor aos perigos do dia a dia para mostrar que é bom funcionário e
não desmerecer a política de trabalho da empresa. Mas que ainda assim não é
reconhecido. Isto, sem mencionar a desigualdade dos salários, o patronicismo
que ainda existe em pleno século XXI e a oneração popular dos impostos como era no tempo do Império Romano.
É urgentemente necessário que
haja uma conscientização geral e que todos não digam: “amanhã
pensaremos no assunto”. Mas que também não hajam reivindicações desonestas.
Os trabalhadores afetados geralmente
são aqueles que enfrentam uma linha de produção, os que têm um trabalho
estressante como os professores e todos aqueles que vivem sob tensão embora
alguns até façam o que gostam de fazer, como são os atletas e todos aqueles que
trabalham com o público como os agentes de turismo e tantos outros. Não existe
um estudo sobre os principais afetados.
Entretanto, para salvar resumidamente o futuro da humanidade tem havido propostas de
leis que vão desde a educação para a vida até à educação consciente e inclusiva
da creche à universidade e a
regulamentação das várias especialidades de trabalho:
1. Uma
lei que imponha um esquema de horário rígido com intervalos de descontração,
ambientação e folga obrigatória de dois dias por semana.
2. Responsabilidade
dos patrões nas atividades que requeiram deslocamento ou viajem dos funcionários.
3. Cursos
de educação no trabalho como projeto admissional de cada empresa, inclusive
para os professores e atletas, independentemente da função a desempenhar.
4. Saúde
ocupacional, psíquica e empresarial.
5. Sistema
de inclusão dos funcionários.
6. Alimentação
adequada.
A síndrome de Burnout é um
transtorno adaptativo crônico que também é conhecida por síndrome
de overtraining.
A síndrome de overtraining também se caracteriza
pelo medo de perder alguma coisa. O medo de perder o campeonato, o emprego, a
família ou a vida. A insegurança de ser assaltado ou de deixar de prover o pão
nosso de cada dia. O medo de perder o poder, que caracteriza outra síndrome
associada que é a síndrome do poder,
que leva à corrupção e aos sintomas característicos do overtraining.
Voltamos a dizer que é preciso
investir na educação familiar, na educação religiosa e moral e na formação
profissional dos jovens.
O sistema de punição legal no
Brasil é inadequado. Humanamente se sabe que quanto maior e mais brutal é a
punição, mais o número de marginais aumenta e cresce assustadoramente a
incidência de crimes hediondos. Isto por que a psique de um marginal produz
necessidade e prazer de acordo com o tamanho do desafio.
Solução? Sim, solução!
Mas uma solução geral: modificando a sociedade através de uma
reviravolta em todos os setores da vida. Esta vida que diariamente mostra nas
telas da TV as cenas dramáticas que se desenrolam nos palcos do dia a dia.
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